MANAUS – Rituais, chás, plantas medicinais e defumações são instrumentos utilizados por pajés da região amazônica para curar enfermidades entre a população indígena. Em Manaus, a mestra em Antropologia Social, Kalinda Félix, analisou a etnia Sateré-Mawé de acordo com os seus costumes e tradições, e confirmou que essa figura do líder tribal ainda permanece com a força de curandeiro, mesmo sob a influência da medicina moderna. Ela avaliou que a sabedoria indígena e a biomedicina podem, sim, andar juntas na readaptação do doente – até mesmo entre ‘não indígenas’.
Por dois anos, a pesquisadora trabalhou no estudo intitulado “Regimes e Transformações Cosmológicas da Pajelança Sateré-Mawé”, pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Nesse período, ela observou que os pajés trabalham inter-relacionando ervas e rituais e o uso de medicamentos do “homem branco”. Essa mescla acontece, segundo a especialista, principalmente quando os líderes identificam que a doença independe dos conhecimentos étnicos. “Embora o médico passe um tratamento com remédios ambulatoriais, eles não deixam de praticar a medicina própria, seja por meio das plantas ou das benzeções, defumações ou rituais”
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